terça-feira, 17 de janeiro de 2012

VOCÊ NÃO GOSTA DELES, MAS SUA FILHA GOSTA!

Eles não misturam Rivotril com uísque, nunca usaram mullet e não são filhos de Francisco. Os irmãos Victor e Leo acabam de lançar seu nono álbum, Amor de Alma. Além de fenômeno de vendas (4 milhões de discos), o compositor principal da dupla, Victor, é o maior arrecadador de direitos autorais do Brasil desde 2008. Eles contaram a ALFA o que aprenderam em quase duas décadas de carreira.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA: Não olho a internet. Qualquer um põe o que quer lá… Eu sigo apenas alguns blogs e sites de fã-clubes porque sei que vão elogiar. (Victor) O que a gente entrega às pessoas é a nossa arte. É uma oferenda. Alguns não sabem disso e acham que trabalhamos com música para fazer sucesso, comer as gostosas e enriquecer. (Victor) Houve momentos de insegurança, de falta de grana. Mas nós sempre tivemos uma visão espiritualizada da música – o que ela passa, o que desperta. O cara mais materialista não consegue entender que música é energia, que não depende da canção, e sim de como você canta. Li outro dia num livro do (psicanalista, educador e escritor) Rubem Alves: “Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você fez com o que fizeram com você”. (Leo) A melhor escola a administrar seu talento é o barzinho. Nós temos mais de 15 anos de bar. Acho fundamental para qualquer artista. Tem dias em que você canta para uma ou duas pessoas. Eventualmente, um casal a noite inteira. Você evita fazer intervalo para que aquelas poucas pessoas não vão embora. Aí, no final da noite, 4h da manhã, você com a voz estourada, chega um bebum e pede mais uma. (Leo)
A gente já cantou para uma pessoa só. Esse cara estava ali e curtiu cada canção, prestava atenção na letra, pedia músicas, comprou CDs para a família inteira. E era um feriadão. Não existe essa história de cantar para um monte de gente. Você canta para cada um. (Victor) Tem gente cuja profissão é ser famoso. (Victor) Eu acho que é bom todo mundo fazer um pouco de análise. É você com você mesmo, através de alguém. A terapia me ajudou a ver a fama de uma forma mais natural, mais brincalhona. (Victor) Na fase mais puxada de shows, chegamos a fazer 200 por ano. Hoje em São Paulo, amanhã em Manaus, depois no Sul, Nordeste, Minas… É muito complicado. Hoje temos acompanhamento médico. Um show consome o equivalente a uma partida profissional de vôlei. Dá para perder mais de 2 mil calorias numa noite. (Leo) Quando as mulheres começaram a me assediar demais, perdi o prazer de descobrir alguém aos poucos. (Victor) De cima do palco, vê-se de tudo. Há muita gente mal-educada, que não sabe dizer “por favor”, não sabe dizer “obrigado”. As pessoas estão se esquecendo de ser gentis. (Victor) A minha canção preferida é Whiter Shade of Pale, do Profol Harum. Nunca a cantamos – e nem vamos cantar. (Leo) O pôquer ensina a ler os outros e aguça a sensibilidade. É assim: pago ou não pago para ver o que você tem? Você tem que pesar e se jogar. É igual à vida. (Victor) Eu me considero fera no tênis, mas dentro de um grupo de homens que não vivem disso. É uma forma humilde de dizer que sou fodido. (Leo) Fonte: Revista Alfa (Dezembro 2011)

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